quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ibama autoriza a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.



 O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou, nesta quinta (01), a instalação da polêmica Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, Estado do Pará.
Segundo o Ibama, o licenciamento "foi marcado por robusta análise técnica e resultou na incorporação de ganhos socioambientais", ressaltando que o projeto deve garantir pequenas vazões na Volta Grande do Xingu para que os modos de produção das comunidades ribeirinhas não sejam totalmente afetados.
Com um slogan que se auto-proclama a terceira maior hidrelétrica do mundo, a Usina de Belo Monte vem acompanhada de inúmeros conflitos. São artigos, protestos, embargos, paralisações de obras, demissões, licitações duvidosas e, para completar, uma manifestação da Comissão de Direitos Humanos da OEA(Organização dos Estados Americanos) solicitando o interrompimento imediato das obras de construção da usina, advertindo para a transgressão dos direitos das comunidades indígenas e ribeirinhas da bacia do rio Xingu, caso a construção fosse levada adiante.
   A atuação de movimentos ambientalistas também conquistou grande destaque. Os grupos argumentam que o Rio Xingu terá todo o seu rico complexo de fauna e flora destruído, afetando a sobrevivência de índios e ribeirinhos da região. Em seu trecho natural, o rio atravessa importantes áreas de reservas indígenas do Pará, além de ser habitat natural de espécies como o pirarucu - o maior peixe de água doce do mundo -, o tambaqui, o boto, as tartarugas gigantes e os golfinhos de água-doce.
Para amenizar as críticas, uma série de condições foram impostas pelo Ibama à empresa detentora da concessão. A Nesa (consórcio Norte Energia) terá de implementar melhorias em saúde, educação, saneamento e segurança pública nas cidades de Altamira e Vitória do Xingu, as mais atingidas pelo aumento do leito do rio. Além disso, a empresa se responsabilizará pelo papel, que é do Estado, de fiscalizar os crimes ambientais na região, como o tráfico de animais silvestres e a exploração ilegal de madeira nativa. Ao todo, a Nesa terá de investir cerca de R$ 100 milhões de reais na conservação ambiental.
   Belo Monte está entre as principais obras do PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, que foi um dos principais argumentos eleitorais na candidatura de Dilma Roussef. Sua construção deve ser concluída até o começo de 2015.


Retirado de: http://mtv.uol.com.br/memo/ibama-autoriza-a-construcao-da-usina-hidreletrica-de-belo-monte-no-para

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