sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mais de 2,6 bilhões de árvores foram derrubadas na Amazônia por causa da ocupação humana

   
Cada vez mais o Brasil perde seu verde. Nesta quarta (1º), foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que a ocupação na Amazônia por povos não indígenas já derrubou mais de 2,6 bilhões de árvores. Quase metade do número - 1,2 bilhão - foi apenas no Estado do Pará. Na conta final, a área devastada corresponde a 15,3% da vegetação original do bioma. O ano de referência do estudo é 2002.
   Outro dado constatado foi que havia apenas 87,3% do estoque original de carbono no local - o que corresponde a 45 bilhões de toneladas. Além disso, o que sobrou da substância está concentrado principalmente nas áreas de manguezal e campinarama, que podem sofrer com algumas alterações nas regras de preservação previstas no Código Florestal.
Num momento em que as pessoas se preocupam com a liberação de carbono na atmosfera, é importante saber que as maiores concentrações do elemento estão no solo de lugares como o norte da   Amazônia, centro sul de Roraima, litorais do Pará e Maranhão. 
   O desmatamento acaba conduzindo à liberação desse carbono que está sob o solo. Mas não é apenas essa a preocupação. A presença da substância a menos de um metro da superfície é ainda positiva para estimular o cultivo agrícola e diminuir a erosão. Por outro lado, a pecuária representa uma das grandes responsáveis pelo desmatamento, com 51,7%, seguida pela vegetação que surge após uma ocupação do homem no local - secundária (32,1%) e a agricultura (15,2%).
   É importante ressaltar ainda que 45% da água subterrânea potável de todo o país está concentrada na Amazônia Legal. A pesquisa também apontou campos de petróleo e gás de Urucu, no Amazonas, para destacar o potencial da região na exploração de combustíveis fósseis. 

                            



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