sábado, 18 de junho de 2011

Japão tem dificuldade para se livrar das 700 mil toneladas de destroços gerados pelo terremoto.


     Uma cidade inteira para ser jogada na lixeira. A pequena Minamisanriku, uma das cidades mais devastadas pelo terremoto que abalou o Japão no dia 11 de março, anda causando dor de cabeça nos governantes locais. O principal problema é o lixo. Segundo estimativas, os entulhos formados com a queda de casas e edifícios acumulam cerca de 700 mil toneladas, para piorar, o pequeno país insular não tem para onde mandar tanta sujeira.
     Os escombros da tragédia ocupam uma área de aproximadamente 10 km² na vila pesqueira de Minamisankiru, onde cerca de 9.500 pessoas - metade dos habitantes - perderam suas vidas no desastre natural. Com a principal atividade econômica totalmente debilitada, boa parte dos pescadores foram contratados para ajudar na remoção dos entulhos, obra que, segundo autoridades locais, deve custar US$ 27,5 milhões. Entre os materiais a serem jogados fora encontram-se paredes, carros, geladeiras, fornos, madeiras e ferragens.
     Para servir de destino de todo esse lixo, foram cogitados até mesmo os paraísos naturais das ilhas próximas à Matsushima. Além do extravio, é cogitada a possibilidade de reciclagem e incineração de 50% de todo o lixo acumulado. O estado crítico necessita de solução ainda mais urgente pela chegada do verão, no final de junho, período em que geralmente cresce a incidência de chuvas e a presença de insetos e do mau cheiro.
     De acordo com afirmações da MSNBC, o encarregado da limpeza de um dos locais do vilarejo, Takashi Abe, afirmou que já foram removidas até 300 mil toneladas de detritos, cerca de 40% do total gerado pelo terremoto. No entanto, informações do governo local mostram que apenas 10% do lixo foi retirado do local. 



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